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10 anos depois da morte da juíza Patrícia Acioli, polícia mata 9 vezes mais em São Gonçalo BN

Dez anos depois do assassinato da juíza Patrícia Acioli, que investigava PMs que forjavam autos de resistência, o número de mortes cometidas por policiais é nove vezes maior em São Gonçalo, região em que ela atuava.

No primeiro semestre de 2011, ano em que Patrícia morreu, policiais do 7º Batalhão da PM (São Gonçalo) mataram 13 pessoas. No mesmo período de 2021, foram 120 mortes cometidas por policiais naquela área, segundo dados do Instituto de Segurança Pública. É um aumento de 823%.

(Essa reportagem faz parte de uma série que o G1 publica a partir desta quarta, batizada de ‘Justiça sem medo’, 10 anos após o assassinato da juíza Patrícia Acioli.)

A juíza foi morta com 21 tiros quando chegava em sua casa, em Piratininga, após sair do Fórum de São Gonçalo, onde trabalhava. Naquele dia, ela havia assinado os pedidos de prisão de dois policiais militares, que a seguiram e a mataram na mesma noite.

Eles integravam uma milícia que atuava no 7º Batalhão e estava sendo investigada pela juíza. Patrícia analisou mais de 100 autos de resistência na região e encontrou dezenas de relatórios forjados para encobrir execuções.

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