
A partir da próxima terça-feira (27), às 16 horas, o batalhão responsável pelo policiamento de Niterói e Maricá, o 12º Batalhão de Polícia Militar vai contar com um novo comandante. Trata-se do tenente-coronel Roberto Christiano Dantas, de 49 anos.
Morador da Região Oceânica, ele está se sentindo literalmente em casa com o novo desafio. Com passagens pelos batalhões de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio (18º BPM); Rocha Miranda, na Zona Norte (9º); Cabo Frio, na Região dos Lagos (25º); Angra dos Reis, na Costa Verde; São João de Meriti (21º) e Nova Iguaçu (20º), estas últimas duas cidades localizadas na Baixada Fluminense, ele conta qual a expectativa para o mais novo desafio.
“Cada batalhão por onde o comandante passa proporciona um amadurecimento profissional. Só tenho a agradecer pelas nomeações que tive em que cada lugar. O foco agora é conhecer a tropa do novo batalhão, saber quais são as diretrizes, manter o que está dando certo e avaliar o que, porventura, pode ser alterado. Queremos entender como é a dinâmica para realizarmos um bom trabalho”, declarou Dantas.
Ele é só elogios ao antigo comandante, o coronel Sylvio Guerra, que vai assumir a 4ª Comando de Policiamento de Área. Definindo o trabalho do antecessor como “excelente”, Dantas deseja “inserir a tropa mais próxima da comunidade niteroiense”, além de querer trabalhar com os conselhos comunitários de segurança e seguir com a parceria que o batalhão tem com a Guarda Municipal de Niterói.
“Queremos somar os esforços com toda a sociedade e também com a Prefeitura de Niterói, o Ministério Público, a Polícia Civil para continuarmos trabalhando em prol de uma segurança de qualidade”, declarou.
Amor pelo Espírito Santo e pelo Flamengo
Duas coisas fazem o novo comandante falar com um sorriso aberto e com brilho nos olhos. O amor pelo Flamengo, pelo qual se declara como torcedor fanático, e pelo local de origem. Nascido em Vila Velha, no Espírito Santo, ele recorda com muito carinho das raízes capixabas, relembrando que decidiu ingressar na área de segurança quando cumpriu o serviço militar obrigatório, exercido no Espírito Santo.
Morando no estado no Rio de Janeiro desde 1991, ele começou o trabalho no Batalhão da Praça da Harmonia, o 5º BPM, localizado no Santo Cristo, na Zona Portuária. Mas dentre tantas situações tão vividas, ele destaca como o mais especial um salvamento feito em 2019, a um bebê encontrado em Jacarepaguá.
“De todas as situações que vivi na minha vida profissional, sem sombra de dúvida a mais marcante foi um salvamento que ajudei a fazer a um bebê. Era recém-nascido, estava abandonado em uma caixa e assim que localizamos levamos para o hospital. Isso foi em 2019, na Taquara, em Jacarepaguá”, recorda.
Católico e aberto ao diálogo
Declarando-se como católico e de direita, ele afirma que gosta de conversar com todas as correntes políticas e diz não concordar com “os extremos dos dois lados”, seja direita e esquerda. Sobre o tema, ele fala que é a favor da “direita consciente, do diálogo, do debate e da democracia”.
Quando questionado se tem algum arrependimento, declara se arrepender de não ter conseguido fazer as coisas boas que desejava. Sincero, ele também admite que sente falta de ter um pouco mais de tempo para “curtir um período de lazer, como uma praia”. Mas ele é direto ao afirmar o que Niterói pode esperar dele.
“O niteroiense pode esperar de mim muita dedicação, respeito pelo município que terei a responsabilidade de cuidar pela segurança e diálogo. Eu sou um comandante que gosto de ouvir a população e frequentar os bairros. Preciso que a sociedade fique próximo da polícia e fazer as críticas construtivas para evoluirmos. Podem contar comigo”, finaliza. Fonte A Tribuna