
Dados divulgados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública indicam que, no Rio de Janeiro, cinco policiais civis e 39 policiais militares da ativa foram assassinados em crimes violentos letais e intencionais em serviço ou fora de serviço, durante o ano de 2020. Já os que morreram devido à Covid-19 somam 15 policiais civis e 50 PMs.
Em 2021, já são 28 policiais civis que morreram de COvid-19, de acordo com a presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol-RJ), Marcia Bezerra. “O Estado colocou à disposição álcool em gel, máscaras e face shield (proteção facial) em quantidade menor do que a necessária. Com isso, não pudemos trocar as máscaras com a frequência recomendada pelas autoridades sanitárias. Muitos tiveram que comprar o próprio o EPI”, disse.
A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) declarou que “ciente de sua responsabilidade com a sociedade e com o dever de não poder parar ou colocar todo efetivo em trabalho remoto (home office), distribuiu desde o início da pandemia kits de proteção, com máscara e álcool gel para todas as unidades e policiais. Os servidores de idade mais avançada e os com comorbidades foram colocados em regime de home office”.
Ainda de acordo com a pasta, “em razão de decisões judiciais contra a prioridade de vacinação aos policiais, houve atraso na vacinação, mas a aplicação da segunda dose já está em fase avançada. Os policiais que apresentaram sintomas tiveram orientação da Policlínica da Polícia Civil, que acompanhou os pacientes”.
Veja abaixo, na íntegra, o posicionamento da Polícia Militar:
“A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar esclarece que a instituição foi uma das primeiras a adotar as medidas de prevenção diante da Pandemia da COVID-19 no país. Estando nas primeiras fileiras de atuação diante das medidas restritivas, nossos policiais foram instruídos desde seu emprego nas barreiras sanitárias iniciais.
O comando da corporação publicou, e publica, em seus canais e boletins internos diversas orientações sobre a prevenção ao efetivo.
Também foram adquiridos pela SEPM centenas de milhares de unidades de equipamentos de prevenção individual (EPIs), como máscaras e álcool em gel, que foram distribuídos ao efetivo policial de maneira contínua. Dentre as orientações de higienização, foram amplamente divulgadas as normativas de limpeza de armamentos e viaturas.
A corporação reitera ainda que, num universo de 45 mil homens na ativa, os números de óbitos representam uma letalidade mínima, mesmo ressaltando-se que a perda de cada vida é de valor imensurável.
A Polícia Militar segue atuando no trabalho ininterrupto de conscientização dos cidadãos e no auxílio aos demais órgãos para o cumprimento das determinações vigentes relativas à pandemia da COVID-19″. Fonte aA Tribuna